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9 de agosto de 2009

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"Bring it on
Come along
On the road to somewhere
Take our time
See the signs
On the road to somewhere"
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Road to Somewhere, Goldfrapp

8 de fevereiro de 2009

No sítio, no lugar...

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"No ponto onde o silêncio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão,
Tão nítido e preciso era o vazio."
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Sophia de Mello Breyner Andresen.

10 de janeiro de 2009

"And so the lion fell in love with the lamb...

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What a sick masochistic lion.
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What a dumb lamb."
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9 de novembro de 2008

Quase nada de místico

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"Não, não deve ser nada este pulsar
de dentro: só um lento desejo
de dançar. E nem deve ter grande
significado este vapor dourado,
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e invisível a olhares alheios:
só um pólen a meio, como de abelha
à espera de voar. E não é com certeza
relevante este brilhante aqui:
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poeira de diamante que encontrei
pelo verso e por acaso, poema
muito breve e muito raso,
que (aproveitando) trago para ti."

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Ana Luísa Amaral
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19 de outubro de 2008

Tube @ a place called... ours

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"If I should die this very moment
I wouldn't fear
For I've never known completeness
Like being here"
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5 de outubro de 2008

Intervalo

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"Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.
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Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…
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No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…
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Vida à média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.
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Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…
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No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…
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Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes…
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No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…
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No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
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O quadro minimal… Sou eu…"
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Perfume & Rui Veloso
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17 de setembro de 2008

Pequenas coisas

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"Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio."
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Albano Martins
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4 de setembro de 2008

Ruas

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"Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer:
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda."
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Eugénio de Andrade

29 de agosto de 2008

A noite o que é? Perguntas imensas.

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"Dizem-se mais coisas. Como é que pôde haver tanto silêncio, antes? A meio da noite não faças muitas perguntas, o mundo muda de lugar com muita facilidade. Um dia estaremos num país; passaremos a fronteira ao entardecer, à procura das estradas. Uma voz. Postais ilustrados. Segredos. Respostas à procura de perguntas. Viver de passagem, a meio da noite, só a meio da noite, o fim do Verão leva tudo, há-de trazer tudo no mesmo instante."
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Francisco José Viegas.

3 de agosto de 2008

Um dia branco

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"Dai-me um dia branco, um mar de beladona
Um movimento
Inteiro, unido, adormecido
Como um só momento.
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Eu quero caminhar como quem dorme
Entre países sem nome que flutuam.
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Imagens tão mudas
Que ao olhá-las me pareça
Que fechei os olhos.
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Um dia em que se possa não saber."
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Sophia de Mello Breyner Andresen
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30 de julho de 2008

Pretextos para fugir do real

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"A uma luz perigosa como água
De sonho e assalto
Subindo ao teu corpo real
Recordo-te
E és a mesma
Ternura quase impossível
De suportar
Por isso fecho os olhos


(O amor faz-me recuperar incessantemente o poder da provocação.

É assim que te faço arder triunfalmente onde e quando quero.

Basta-me fechar os olhos)

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Por isso fecho os olhos
E convido a noite para a minha cama
Convido-a a tornar-se tocante
Familiar concreta
Como um corpo decifrado de mulher
E sob a forma desejada
A noite deita-se comigo
E é a tua ausência
Nua nos meus braços
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Experimento um grito
Contra o teu silêncio
Experimento um silêncio
Entro e saio
De mãos pálidas nos bolsos."
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Alexandre O´Neill

26 de julho de 2008

Detalhe

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"Por detrás de cada flor
há um homem de chapéu de coco e sobrolho carregado.
Podia estar à frente ou estar ao lado,
mas não, está colocado
exactamente por detrás da flor.
Também não está escondido nem dissimulado,
está dignamente especado
por detrás da flor.

Abro as narinas para respirar o perfume da flor,
não de repente (é claro) mas devagar,
a pouco e pouco,
com os olhos postos no chapéu de coco.

Ele ama-me. Defende-me com os seus carinhos,
protege-me com o seu amor.
Ele sabe que a flor pode ter espinhos,
ou tem mesmo, ou já teve,
ou pode vir a ter,
e fica triste se me vê sofrer.

Transmito um pensamento à flor
sem mover a cabeça e sem a olhar
De repente,
como um cão cínico arreganho o dente
e engulo-a sem mastigar."
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António Gedeão.
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29 de junho de 2008

Cores de aqui

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"Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade."

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in "Anónimo Transparente - uma interpretação gráfica de Fernando Pessoa".

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21 de junho de 2008

Espaço

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"Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha."
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in "Anónimo Transparente - uma interpretação gráfica de Fernando Pessoa"
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5 de junho de 2008

After all this time

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"I've still got your face

Painted on my heart

Scrawled upon my soul

Etched upon my memory, baby
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I've got your kiss

Still burning on my lips

The touch of my fingertips

This love so deep inside of me, baby

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I've still got your face

I've still got your face

Painted on my heart

Painted on my heart"

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17 de maio de 2008

Silêncio

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You would die for them?
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No, not for them. For you.
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For you.
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X-Men, The Last Stand.
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10 de maio de 2008

Caminho até ao fim

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"Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come"
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Jeff Buckley's lyrics.
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27 de abril de 2008

Andanças

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"Não sou capaz de descrever como tal aconteceu, nem que circunstâncias nos levaram até ali, mas o momento ficou-me para sempre gravado na memória.
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Descrevê-lo é revivê-lo, embora jamais permita que alguém o sinta da mesma maneira. (...)
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Há mundos que ficam fora do mundo dos comuns por estarem fora do conhecimento vivido pelo conjunto dos cinco sentidos."
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[In Um Minuto de Silêncio]
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20 de abril de 2008

Embalada

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"O Anjo que em meu redor passa e me espia,
E cruel me combate, nesse dia
Veio sentar-se ao lado do meu leito
E embalou-me cantando no seu peito.
Ele que indiferente olha e me escuta
Sofrer, ou que feroz comigo luta,
Ele que me entregara à solidão,
Poisava a sua mão na minha mão.
E foi como se tudo se extinguisse,
Como se o mundo inteiro se calasse,
E o meu ser liberto enfim florisse,
E um perfeito silêncio me embalasse."
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Sophia de Mello Breyner, 1947.