22 de maio de 2008

Ruídos

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"Ouve que estranhos pássaros de noite
Tenho defronte da janela:
Pássaros de gritos sobreagudos e selvagens
O peito cor de aurora, o bico roxo,
Falam-se de noite, trazem
Dos abismos da noite lenta e quieta
Palavras estridentes e cruéis.
Cravam no luar as suas garras
E a respiração do terror desce
Das suas asas pesadas."

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Sophia de Mello Breyner, 1975.

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1 comentário:

jumpman disse...

Os sons que a noite transporta..